Dr. Henrique de Borba Júnior

domingo, 25 de janeiro de 2009

VOCÊ É BRANCO? CUIDE-SE!

Hoje, tenho eu a impressão de que o 'cidadão comum e branco' é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se auto-declarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.

Assim é que, se um branco, um índio ou um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles. Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.

Os índios, que pela Constituição (art. 231) só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros - não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também - passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nesta exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não índios foram discriminados.

Aos 'quilombolas', que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.

Os homossexuais obtiveram, do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef, o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências, algo que um cidadão comum jamais conseguiria.

Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem este 'privilégio', porque cumpre a lei.

Desertores e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para 'ressarcir' àqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.

E são tantas as discriminações, que é de se perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?

Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.


( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado líder católico, professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo).

3 comentários:

Anônimo disse...

O cara é "professor" emérito do Mack e da FMU, logo, como levar uma pessoa dessas à sério? Quando ele resolver ensinar (?) em algum lugar sério e decente aí talvez as opiniões dele possam ter algum valor...

FMU... Fui Mal na USP... Uniesquina da vida...

Mack... os caras ensinam criacionismo! Mais imbecil impossível!

.: Winter :. disse...

Que besteirol...

"donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 183 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele"

Bom, considerando que os índios eram 100% (cem por cento) da população brasileira antes de serem dizimados, pilhados e desfigurados pelos portugueses, jesuítas, católicos e outras pragas similares, acredito que ceder-lhes apenas 15% do território é uma compensação mínima...

Unknown disse...

Na verdade, este Sr. que se auto denomina professor, merece é ser desprezado. Mas, na qualidade de pai de familia, bacharel em Direito e acima de tudo brasileiro, tenho o dever de tecer meus comentários. Apesar do facismo e do nazismo já receberem sua derrocada pela própria história, encontramos um BRANCO que desconhece o seu próprio país, que se compoe por mestiços, que pegam ônibus, pagam impostos mais caros do mundo, mas, ainda fazem o crescimento deste país com toda a sua dignidade. Acredito, que em sua luxuosa poltrona no TST, deva este Sr., com o abuso da caneta que lhe é permitido, flexibilizar jornadas de trabalho, remover direitos garantidos pela constituição, entre tantas barbaries que os trabalhadores vem sofrendo, fazendo sua própria lei de BRANCO. Presisamos sim Sr., que me recuso a considerá-lo como um Ministro, é de sermos mais solidários, independentemente da religião, da raça, do sexo e da cor. Seus comentários são podres, desprovidos de carater, e devem ser repudiados por toda a sociedade, e, em especial por toda a corte seja do TSt, do STJ e do STF.
Também sou de pele clara, mas, o seu BRANCO está sujo!!!

Clik Idéias - Design e Criatividade